Insira aqui um introdução falando sobre como dessa vez eu realmente vou voltar a postar regularmente ao invés de ser só um texto aleatório solto
Eu tenho um gosto musical… peculiar. Não é algo proposital – detesto aquela atitude de “só ouço músicas de bandas do Nepal, essas coisas mainstream que tocam no rádio são tudo uma merda” tanto quanto você. E grande parte das músicas que eu ouço são aquelas que são na verdade bem populares, mas como não são pop/sertanejo universitário/ritmo “da moda” atual, pré-adolescentes se sentem como se fossem hipster ouvindo bandas super desconhecidas como Queen, Metallica, System of a Down, etc. Eu sei porque eu fui esse pré-adolescente, e embora eu tenha já a muito tempo abandonado esse pensamento, não deixei de apreciar essas bandas.
Caso você ainda não acredite no meu pedigree de não-babaca-hipster-pretencioso, saiba que disco que eu mais tenho ouvido recentemente é TERRASAMBA: AO VIVO E A CORES;

SUÍNGUE SUÍNGUE PRA VOCÊ E PRA MIM
Algo que acabou acontecendo comigo, porém, é que com os anos eu desenvolvi um apreço por música… diferente. Não só diferente na direção de “mais pesado e distorcido” que o Kit Adolescente Revoltado Metaleiro 3.0 acima incluiu, mas diferente de diversas formas: as vezes apenas um detalhezinho incomum ou outro, as vezes coisas completamente bizarras que qualquer um julgaria ser só barulho e eu nem tiraria muito a razão da pessoa. E no caminho de desenvolver esse gosto musical, acabei conhecendo bastante coisa que também é relativamente “normal”, mas por um motivo ou por outro não é popular por essas bandas.
Então eu decidi compartilhar com você alguns desses artistas, bandas e músicas que eu curto. Eu não posso prometer que você vai GOSTAR de todas elas; na verdade, imagino que a grande maioria não vá entrar na sua biblioteca musical. O que eu te prometo, porém, é que serão coisas legais de ouvir pelo menos uma vez: sempre haverá algo de interessante pra você conhecer. Nem que seja só por aquela experiência de “Mano, que porra é essa?”.
Dito isso, a sugestão de hoje particularmente é uma que eu tenho certeza que você vai curtir.
A uns meses atrás eu conheci por acaso – já nem lembro como especificamente – uma bandinha que rapidamente passou a ser uma das minhas favoritas: Vulfpeck. A primeira música deles que tomei conhecimento foi essa:
Dois motivos pra assistir esse vídeo: primeiramente, ele é essencial para que você entenda o resto do post, segundamente, eu me dei o trabalho de buscar esse link seu fdp preguiçoso, dê play logo e pare de me questionar.
Então, agora que você ouviu, me diga: isso não é uma música bizarramente agradável aos ouvidos? Até hoje não conheci uma pessoa que não tenha gostado. A melhor palavra que eu consigo achar para descrever a qualidade dessa música é que ela é simpática. Simpática a ponto de ser quase fisiologicamente impossível de desgostar. E essa característica se aplica a boa parte das músicas deles. Aqui tem mais uma:
I know / That it’s taken all this time to say, girl…
Eu simplesmente não consigo não ficar feliz ouvindo essas músicas, de tão simpáticas que elas são. São felizinhas e inocentes de uma forma quase lúdica. Se de alguma forma fosse possível transformar em ondas sonoras o sentimento que temos o ver a foto de uma bebê panda acenando para a câmera, o resultado seria um álbum do Vulfpeck.

Vulfpanda (2017)
Falando em animais e felicidade, Animal Spirits tem a honra de ser literalmente a música mais feliz do universo:
E ainda sobre animais, lhe pergunto: seria possível não gostar de uma música chamada Funky Duck? Não, é absolutamente impossível. E como prova eu te apresento – veja só – uma música chamada Funky Duck:
Até onde eu saiba, essa é a única música deles envolvendo patos, porém funky se aplica a toda a discografia deles. Caso você não saiba o que funky signifique, assista o vídeo abaixo. Essa vontade de mexer a cabeça no ritmo da música – possivelmente estalando o dedo em cada batida, se você for especialmente maneiro – isso é o significado de funky.
Eles tem músicas demais para eu listar todas as que eu gosto aqui, mas irei falar mais algumas porque eu não consigo parar: Conscious Club é um disco saído diretamente dos anos 70~80, Aunt Leslie tem o melhor solo de trombone existente, Speedwalker já me fez quase bater o carro umas duas vezes porque eu não posso deixar de bater palma junto com a música, e Sky Mall é a versão pra baixistas do final do filme Whiplash.
Enfim: se você gostou dessas que eu comentei aqui, recomendo a você dar uma olhada no canal deles no YouTube, basicamente toda a discografia deles está lá, e também no Spotify. Só buscar eles lá.
…Ok, seu preguiçoso dozinferno, taqui o link. Feliz agora?
E caso você ainda não esteja convencido de quão bom é Vulfpeck, aqui vai uma história engraçada envolvendo a banda: Eles lançaram no Spotify um álbum composto inteiramente por músicas que eram apenas… silêncio. E pediram para os fãs dormirem “ouvindo” o álbum em loop. Até o pessoal do serviço se dar conta da traquinagem dos caras e retirar o álbum do ar, a banda recebeu quase vinte mil dólares em royalties, os quais foram usados para patrocinar um tour com shows de entrada grátis para os fãs. Me diz se esses caras não são fodas demais?